sábado, 3 de abril de 2010

RIO QUER PROTEGER 2016 NASCENTES EM PROPRIEDADES RURAIS ATÉ OLIMPIADAS

O governo fluminense estipulou como meta chegar às Olimpíadas do Rio com 2016 nascentes protegidas em propriedades rurais familiares em todo o estado. Para isso, o secretário estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, Christino Áureo, lançou, no dia 29/03, campanha destinada aos agricultores familiares que participam do programa Rio Rural, visando a aumentar o volume de água nas microbacias hidrográficas, bem como sua preservação.

“Nós estamos trabalhando numa meta importante para o estado do Rio, que é juntar agricultura e meio ambiente. Acho que o futuro só tem esse caminho, que é fazer agricultura sustentável”, disse Áureo. Ele salientou, contudo, que para que o agricultor se manifeste como um aliado do meio ambiente ele necessita de apoio efetivo.

O Rio Rural conta com financiamento do Banco Mundial no montante de US$ 39,5 milhões e contrapartida de igual valor do governo do estado. A finalidade é promover ações sustentáveis em 270 microbracias hidrográficas, de 59 municípios. O programa beneficia 37 mil famílias de agricultores.

Áureo explicou que a principal forma de pagamento desses recursos é o próprio trabalho do agricultor, que é obrigado a promover o replantio da Mata Atlântica em volta dos cursos d’água, as chamadas matas ciliares. “E, com isso, nós estaremos dando condições não só de melhorar a oferta de água nas cidades, como também o uso dessa água para a população e o plantio de alimentos em geral”.

Cada produtor receberá até R$ 7 mil de uma única vez para executar projetos de recuperação das suas nascentes. O secretário estimou que o alcance dessa meta poderá gerar um volume adicional de 6,6 bilhões de litros de água por ano. A implantação dos projetos será acompanhada por um relógio virtual, no site da secretaria. Os produtores das microbacias hidrográficas que protegerem mais nascentes serão premiados pelo governo do estado.

FONTE: Reportagem de Alana Gandra, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 31/03/2010

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