sábado, 8 de maio de 2010

DANO INCALCULÁVEL


Óleo não para de vazar no Golfo do México e deixa governo americano incapaz de medir o alcance e o impacto do acidente. Greenpeace cobra moratória de exploração em alto mar.
Doze dias depois do início de um derramamento de óleo no Golfo do México que não dá sinais de arrefecimento, o governo americano sinalizou claramente que não faz a menor ideia sobre qual é a extensão do acidente. Não há posição oficial sobre o tamanho da mancha, a proporção do vazamento, nem os meios mais eficazes de estancá-lo. O comandante da Guarda Costeira Thad Allen em entrevista à rede de televisão CNN reconheceu que a impossibilidade de mensurar o problema só o torna mais complexo.
Apesar das dúvidas, há pelo menos uma certeza. O acidente com a plataforma de petróleo da British Petroleum no Golfo do México é grande e suas consequências provevelmente serão devastadoras para a biodiversidade e para as economias de estados americanos em cujos litorais o óleo começa a chegar. O presidente Barack Obama, depois de visitar a região, qualificou o derramamento como “potencialmente sem precedentes”. O Greenpeace pediu o fim da exploração de petróleo em alto mar.
Passados mais dois dias de vazamento, as estimativas são de que a mancha teria mais que triplicado de quantidade - de 3 mil quilômetros quadrados no fim da sexta-feira, dia 30, a quase 10 mil quilômetros quadrados, de acordo com imagens de satélites europeus. Dependendo de ventos e maré, o óleo rumará em direção à costa do Alabama e da Flórida.
O acidente acontece um mês depois de Obama ter dado aval para a expansão de projetos de exploração em alto mar, com a justificativa de que as plataformas hoje estariam seguras e não causariam vazamentos. Os projetos estão agora suspensos, aguardando o fim das investigações sobre as causas do desastre.
“Á pergunta sobre se o que está sendo feito é suficiente, a resposta é que não há ‘suficiente’. Tudo está fora do controle. Não podemos remediar este acidente, apenas evitar que outros ocorram”, afirmou Mark Floegel, Diretor de Pesquisa do Greenpeace. “Precisamos que o presidente Obama tome posturas mais radicais para evitar que novos desastres aconteçam. O anúncio de que as operações ficarão suspensas é pouco. Queremos uma moratória completa de exploração de petróleo em alto mar nos Estados Unidos”, disse Mark.

FONTE: Envolverde – Revista Digital em 04/05/20101 (Redação Greenpeace)

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